Notícias

Exportações brasileiras para a América do Sul têm aumento exponencial mas é preciso estar atento à crescente presença chinesa, diz AEB

Compartilhe esta informação:  

Brasília – As exportações brasileiras para os países da América do Sul vêm crescendo de forma significativa nos últimos anos e no primeiro semestre de 2022 o Brasil acumulou um superávit de US$ 6,2 bilhões nas trocas comerciais com os países da região e deverá acumular até o final do ano um superávit bastante superior aos US$ 7,3 bilhões registrados em 2021.

Apesar desses números, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, adverte que “o Brasil não pode considerar o mercado sul-americano como cativo, pois a China vem ocupando espaços na região e desbancando o Brasil como principal fornecedor de alguns países, como a Argentina e o Chile, que sempre tiveram no Brasil seu maior parceiro comercial”.

Esses números fazem parte de um levantamento realizado pela AEB, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.. Segundo José Augusto de Castro, os dados e cenários trabalhados pela AEB mostram que o Brasil pode ocupar mais espaços nos mercados de diferentes países da América do Sul e que isso “depende mais do Brasil querer aumentar as suas exportações e menos de as empresas desses países desejaram ampliar suas importações”.

O estudo da AEB levou em consideração dados de 2019 (antes da pandemia de Covid-19), 2020 (centro da pandemia), 2021 (amenização da pandemia) e 2022 (início da volta à normalidade), onde se pode ver que as exportações brasileiras são representadas por produtos manufaturados, enquanto nas importações predominam commodities ou produtos com pequeno beneficiamento.

No conjunto dos países sul-americanos,  à exceção  do Paraguai, devido à importação dos excedentes da energia elétrica gerada pela usina de Itaipu e a Bolívia, o maior fornecedor de gás natural ao Brasil, o Brasil detém superávits comerciais com todos os outros países da América do Sul.

Segundo a AEB, os resultados acumulados em 2019, representados pelas receitas de exportação de US$ 27,8 bilhões, foram afetados em 2020 pela pandemia e reduzidos para US$ 22,6 bilhões. Com a amenização da pandemia, em 2021 a receitas de exportação tiveram rápida recuperação para US$ 33,9 bilhões, que continua em 2022, com projeção de receitas de exportação de US$ 41 bilhões.

Para José Augusto de Castro, “a principal justificativa para a rápida recuperação e expansão das exportações de manufaturados para a América do Sul é que todos os países da região são exportadores de commodities, que tiveram forte elevação de preços, gerando divisas adicionais, que proporcionaram novas oportunidades de importação. O Brasil se beneficia da proximidade geográfica, do custo da logística adaptado à região, da disponibilidade de contêineres e da alternativa de transporte terrestres, entre outros fatores. Sem se esquecer de que o poder de negociação dos países europeus, asiáticos e mesmo norte-americanos tornam os preços de seus produtos mais elevados que os praticados pelo Brasil para a América do Sul”.

Fonte: https://www.comexdobrasil.com/exportacoes-brasileiras-para-a-america-do-sul-tem-aumento-exponencial-mas-e-preciso-estar-atento-a-crescente-presenca-chinesa-diz-aeb/

VOLTAR

SDAERGS WEB

Consulta Guias

Indicadores econômicos

Dia 27 Dia 28
Dólar 4,9870 4,9856
Euro 5,4009 5,3954
Libra Esterl. 6,2981 6,2968
Peso Arg. 0,00582 0,00581
Atualizado em 28/03/2024 08h57

Previsão do tempo

Agora em Porto Alegre, RS
23ºC
Hoje mín. 21ºC | 30ºC máx.
Amanhã mín. 20ºC | 31ºC máx.