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EUA impõe tarifas para produtos da União Europeia que totalizam US$ 7,5 bi

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Os Estados Unidos iniciaram nesta sexta-feira (18) a aplicação de tarifas sobre produtos da União Europeia, que totalizam US$ 7,5 bilhões, incluindo aviões da Airbus, vinhos franceses e uísques escoceses.

As tarifas entraram em vigor à 0h01 de Washington (1h01 em Brasília) e foram impostas apesar dos esforços de funcionários europeus e das ameaças de represálias do ministro francês da Economia, Bruno Le Maire.

A medida contra a UE se une ao conflito que o governo dos Estados Unidos mantém com a China e pode desestabilizar ainda mais a economia mundial. Na mira de Washington estão aviões civis da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Espanha - países associados na Airbus - que agora custarão 10% a mais quando importados pelos Estados Unidos.

Os EUA removeram artigos de couro - entre outros itens - de sua lista original, poupando marcas de luxo como Givenchy e Louis Vuitton. Mas as tarifas também afetam produtos como os vinhos da França, Espanha e Alemanha, que mais à frente terão que pagar tarifas de 25% para entrar no mercado americano.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou na segunda-feira (14) Washington a impor tarifas à UE, em retaliação aos subsídios concedidos à fabricante europeia de aeronaves Airbus. Trata-se da sanção mais forte já imposta pela organização.

 

Reação

A UE reagiu à decisão afirmando que "lutará até o fim" para dissuadir os americanos de impor sanções alfandegárias. A organização ainda quer encontrar uma solução negociada com Washington para, assim, evitar a escalada das atuais tensões comerciais.

Poucas horas antes da entrada em vigor das tarifas, o ministro francês Le Maire advertiu que Washington ficaria exposto a severas consequências.

"A Europa está pronta para adotar represálias, obviamente que no âmbito da OMC", disse Le Maire após uma reunião com o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, em Washington.

Também ressaltou que o governo americano abriu outra frente de confronto comercial e pediu uma negociação para encontrar uma solução. "No momento em que o mundo cresce menos, nossa responsabilidade é fazer o possível para evitar este tipo de conflito", disse Le Maire.

 

Entenda o caso

A batalha legal entre Airbus e Boeing na OMC começou há 15 anos, quando Washington declarou expirado o acordo assinado pelos americanos e europeus em 1992.

Em 2004, os Estados Unidos acusaram o Reino Unido, França, Alemanha e Espanha de conceder subsídios ilegais para apoiar a fabricação de uma série de produtos da Airbus.

Um ano depois, a UE disse que a Boeing também recebeu bilhões de dólares em subsídios proibidos de vários ramos do governo dos EUA.

No dia 14 de outubro, a OMC autorizou Washington o estabelecimento de tarifas de quase 7,5 bilhões de dólares (6,8 bilhões de euros) sobre bens e serviços europeus importados todos os anos.

Os europeus pedem há algum tempo uma negociação e afirmaram que podem aplicar a partir do próximo ano tarifas sobre os aviões da Boeing, em consequência dos subsídios concedidos por Washington à empresa.

Se as discussões falharem, a UE poderá ser autorizada a impor tarifas sobre os produtos americanos.

Fonte: G1

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Atualizado em 18/04/2024 08h51

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