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Despachantes comemoram aumento na movimentação de cargas nas fronteiras gaúchas e pedem mais investimentos da concessionária nos portos secos

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O som dos motores das carretas cruzando as fronteiras entre o Rio Grande do Sul e a Argentina e o Uruguai aumentou significativamente em outubro, repercutindo uma expansão de cerca de 30% na passagem de veículos transportando cargas de exportação e importação, especialmente nos portos secos de Uruguaiana, Jaguarão e Santana do Livramento. “Os despachantes aduaneiros estão preparados para atender essa demanda, há muito ansiávamos por uma retomada grande do comércio exterior via modal rodoviário, e nos adaptamos rapidamente às mudanças”, afirmou a diretora comercial da Qualitá, Dani Barcelos Fanti. O incremento poderia ser ainda maior não fossem alguns obstáculos, como a falta de “um sistema de contingenciamento pré-estabelecido em comunicados locais que possa ser aplicado automaticamente em determinadas circunstâncias evitando o congestionamento e super lotação da unidade local”, ressalvou ela.

A empresária, baseada em Uruguaiana, considera que “apesar de 2021 estar sendo um ano difícil no emocional e economicamente para muitos, os despachantes aduaneiros podem comemorar um impacto positivo”. Dani explica que “o aumento das operações de importação e exportação e a urgência de otimizar prazos e custos diante de um mercado inflacionado fez com que se valorizasse a contratação de bons profissionais de comércio exterior”. E esse profissional “é o despachante aduaneiro”, aponta.

“Nós lidamos com vários órgãos, que constantemente alteram suas legislações e procedimentos, e sofremos diretamente os impactos da economia mundial. Portanto, adaptação sempre foi algo inato na categoria. E hoje a digitalização do comércio exterior permite, também, que possamos trabalhar de forma ainda mais eficiente”, destaca a despachante aduaneira. Ela destaca o papel do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) na busca da conquista destes aperfeiçoamentos. “O Sindicato tem sido nosso porta voz diante das autoridades aduaneiras e políticas, levando essas demandas para o debate e sugestões de melhorias, por exemplo, identificando e corrigindo os gargalos da nossa fronteira”.

O Porto Seco de Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, igualmente enfrenta dificuldades. “O terminal não se modernizou, ficou pequeno, está ultrapassado, tem apenas uma balança. Foi construído em uma época em que os caminhões eram menores, não haviam as enormes carretas que trafegam hoje, os bi-trens”, compara o diretor da Santos Despacho e Assessoria Aduaneira, Clodomiro dos Santos, que trabalha no segmento há quase cinqüenta anos. “O movimento cresceu em torno de 30%, a aduana integrada entre os dois países funciona bem, as fiscalizações brasileira e uruguaia atuam juntas, mas é preciso novos investimentos”, reivindica. Ele avalia que a Multilog não fará esses aportes “porque a concessão termina em 2023 e haverá concorrência para escolher o novo concessionário”.

Segundo Santos, uma antiga necessidade de Jaguarão é a construção de uma outra ponte, já que a atual, antiga, é estreita e não atende mais o fluxo intenso de tráfego. “Encaminhamos pedido ao Minfra (Ministério da Infraestrutura) explicando a urgência na construção de uma nova travessia sobre o rio Jaguarão. Hoje, perdemos negócios pela demora em cruzar de um lado para o outro da fronteira e pelas condições inadequadas”, revela o empresário. Santos relata que “o movimento em Jaguarão é cíclico, depende da safra do arroz, da soja, do leite, importado do Uruguai, da carne, que passa por aqui para ser escoada pelo Porto de Rio Grande, entre outros produtos”.

O diretor da AC Despachos Aduaneiros, José Crispiniano da Silva, disse que em Santana do Livramento, também na fronteira com o Uruguai, “o impacto maior no crescimento da movimentação de cargas foi na exportação, em razão da fábrica de celulose UPM, na cidade uruguaia de Paso de Los Toros, próxima a Santana”. Segundo ele, “o atendimento no Porto Seco tem sido adequado, e tem apresentado algumas mudanças para suprir o aumento dessa demanda”. O empresário entende que a relação da Multilog “com os vários despachantes que operam na região é satisfatória.”

A Multilog informou que a movimentação de caminhões no Porto Seco de Uruguaiana em outubro foi de 15,3 mil caminhões, sendo 11,1 mil na exportação e 4,2 mil na importação. Em Jaguarão, foram 2.6 mil veículos, com 1,4 mil na exportação e 1,2 mil na importação. Santana do Livramento registrou a passagem de 969 caminhões, dos quais 667 foram de exportação e 302 de importação. A operadora reconheceu a necessidade de implementsr melhorias no atendimento. “A movimentação entre o Brasil e demais países do Mercosul está bem aquecida, em outubro atingimos nosso maior volume nos últimos 13 anos. Estamos desenvolvendo soluções temporárias para atender essa demanda, e também nos preparando para um esperado crescimento futuro no transporte rodoviário”, adiantou o gerente de operações da Multilog em Uruguaiana, Paulo Luís Borges da Rosa.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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Atualizado em 19/04/2024 08h52

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